Por Administrador
Publicado em 03/12/2022 07:46
Compreendemos a logoterapia como uma psicoterapia centrada no sentido. Porém, algumas pessoas podem pensar, como ver sentido em meio ao sofrimento?
Enquanto seres humanos não temos como escapar da tríade trágica, como afirmava Viktor Frankl, o fundador da logoterapia. Os três componentes que iremos sempre nos defrontar são: a dor, a culpa e a morte.
Se não temos como escapar do sofrimento, como encontramos o sentido na nossa vida? Sabendo que em algum momento vamos nos deparar com uma dessas três situações podemos nos perguntar: “a despeito de todos esses aspectos trágicos da existência humana, apesar disso, como podemos dizer sim à vida?”
Podemos encontrar sentido apesar das circunstâncias nas quais nos encontramos. Podemos transformar algo negativo em positivo: o sofrimento em realização, a culpa em mudança, a morte em um estímulo para a ação responsável. Seja da maneira que for, deve haver igualmente em presença dos aspectos trágicos da nossa existência a possibilidade de fazer o melhor partindo disso.
Quer dizer então que é necessário sofrer para encontrar o sentido? Isso seria um equívoco grosseiro. Segundo Frankl “em hipótese alguma pretendo afirmar que o sofrimento seja necessário, pelo contrário, o que afirmo é que o sentido é possível apesar do sofrimento.” Se a dor pode ser evitada, melhor, porém, quando não tem como evitá-la, melhor é encontrar sentindo em meio a ela. Por exemplo: quando um paciente recebe o diagnóstico de um câncer. Se existe a possibilidade de operar e minimizar a dor, então que assim se faça.
Em primeiro lugar é preciso remediar ou eliminar a causa do sofrimento. A melhor forma de fazer isso é tornando-se ativo perante a vida. O homem é, de fato, capaz de encontrar um sentido, independente de seu sexo, da sua idade, do seu coeficiente de inteligência, de seu grau de formação, de seu ambiente, da sua dor e do seu sofrimento.
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